Talvez, muitas pessoas não saibam, mas a 24ª Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop) e a 13ª Feira Latino-Americana de Economia Solidária, organizadas pelo Projeto Esperança/Cooesperança e que começam nesta sexta-feira em Santa Maria, são eventos com um propósito muito além do que apenas comercialização de produtos.
A venda da produção de origem da agricultura familiar, artesanatos, alimentação, hortifrutigranjeiros, plantas ornamentais entre outros, é apenas um braço da rede formada pela cooperação. Ou seja, as atividades como seminários, palestras e oficinas, em que são abordados diversos temas ligados à economia solidária, à preservação do meio ambiente, a culturas de diferentes etnias, e outros também são importantes na formação em uma rede de cooperativismo.
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Um exemplo é o Encontro de Mulheres da Região Sul, coordenado pela Cáritas Brasileira, que integra a programação da Feicoop e tem como tema Fundos Rotativos Solidários. Segundo um dos coordenadores, Fernando Zamban, essa troca de informação entre os participantes é necessária para cooperação.– Além do fim de comercializar seus produtos frutos do trabalho manual, artesanal ou de agricultura familiar, que é o que move a economia, as pessoas que estão aqui precisam de formação. Por isso, a realização destas oficinas – explica Zamban.
MUDAR PESSOAS
A coordenadora do Projeto Esperança/Cooesperança, irmã Lourdes Dill, destaca a importância destas atividades além da comercialização.
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– O cerne da feira são estes encontros, os debates e os seminários que já estão acontecendo. São eles que dão a formação para as pessoas. É com novas ideias, novas propostas que elas mudam – completa ela.
Segundo ela, todos os estados brasileiros estão representados no evento. Ainda nesta madrugada chegariam comitivas para integrar a 24ª Feicoop, o que, a partir daí, irá possibilitar o número exato de participantes. A expectativa da organização é de que mais de 250 mil pessoas visitem o Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter até domingo. São esperados entre 750 e 800 grupos de expositores.
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Na feira, não há consumo de cigarros, e a água é de graça durante o evento. A economia solidária entende que a água é um bem universal e um patrimônio da humanidade. Refrigerantes também não são vendidos. Os produtos oferecidos são de procedência ecológica.